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Abraço Guarapiranga reúne milhares de pessoas em três pontos da represa


São Paulo, maio de 2018 - A 13ª edição do Abraço Guarapiranga, realizada neste domingo, 27 de maio, reuniu quase quatro mil pessoas em três pontos distintos da margem da represa. O evento deste ano foi realizado em meio à greve dos caminhoneiros, que desde o dia 21 de maio vem afetando o abastecimento de combustível e outros itens em todo Brasil. Com isso, parte da estrutura de palco prevista para o evento teve de ser substituída por um carro de som gentilmente cedido pela UGT – União Geral dos Trabalhadores, o que possibilitou sua plena realização. No Parque da Barragem (Capela do Socorro), um dos pontos tradicionais do Abraço Guarapiranga, participaram cerca de 600 pessoas, que formaram o abraço simbólico a esta que é um dos principais mananciais da região metropolitana de São Paulo. O local recebeu dois grupos de ciclistas que promoveram o Pedal do Abraço Guarapiranga, organizado pelo coletivo Bike Zona Sul e Amigos do Pedal, que vieram, respectivamente, das regiões Sul e Central da cidade e, juntos, reuniram aproximadamente 300 pessoas.

Apresentações dos músicos Luiz Carlos Bahia, Zé Márcio Kaipira Urbano e Anabel Andrés, além do Bloco Afro É Di Santo, animaram o público, que contou com a presença e prestígio de turmas como os Grupos Escoteiro Almirante Tamandaré, Guarapiranga e Tapajós, e organizações como SOS Abelha Sem Ferrão, Projeto Gaiola Aberta, Movimento Garça Vermelha, Instituo Biguá, Espaço de Formação Assessoria e Documentação, Movimento de Atingidos por Barragens, Universidade de Santo Amaro,além de moradores da região. No local, houve algumas oficinas de educação ambiental, distribuição e plantio de mudas e apresentações de trabalhos de alunos de escolas. Mauro Scarpinatti, da organização do Abraço Guarapiranga, destacou a crescente participação da comunidade, que esteve presente ao evento mesmo com os problemas causados pela crise no abastecimento de combustíveis. “A população deu uma enorme demonstração de carinho e respeito com os mananciais, especialmente com a represa do Guarapiranga, que há décadas vem sofrendo as consequências da expansão urbana desordenada, ausência de políticas públicas de moradia, especulação imobiliária”.


No Jardim Ângela, na Riviera Paulistana, o evento reuniu cerca de 1,5 mil pessoas e contou com uma missa campal celebrada por 10 padres, além de um plantio simbólico de uma árvore.

No Embu Guaçu, o Abraço Guarapiranga, também reuniu cerca de 400 pessoas. O destaque ficou para a participação de alunos de diversas EMEIs que trouxeram cartazes pedindo a despoluição de mananciais. Já as crianças do Centro São José distribuíram terrários que elas mesmas tinham feito. Tendo como tema "'Água é saúde: despoluição já!", o Abraço Guarapiranga teve apoio da Aliança Pela Água, rede que reúne mais de 70 organizações da sociedade civil como ONGs e movimentos sociais e que em São Paulo vem trabalhando pela aprovação do Projeto de Lei 575/2016, elaborado pela sociedade civil e que visa a Segurança Hídrica municipal. “O PL tem como objetivo aumentar o protagonismo do município para gestão de suas águas, integrando e alinhando políticas de gestão de recursos hídricos. Isso inclui proteção ambiental, saneamento, saúde, ordenamento territorial na ocupação de regiões de manancial, como a Guarapiranga, e defesa civil, além da geração e monitoramento de informações sobre aspectos de interesse para a gestão da água, possibilitando maior transparência e controle social”, explica Marcelo Cardoso, representante da Aliança presente no evento. O projeto de lei foi aprovado em primeira votação na Câmara Municipal de São Paulo e agora aguarda uma segunda votação para sua aprovação, futura sanção do Prefeito Bruno Covas, que pode deve ocorrer nos próximos meses.

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